quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Número de professores especializados precisa ser 20 vezes maior para cumprir lei


Capes aponta que serão necessários 107.680 docentes, em cada uma das disciplinas, para atender aos 24.131 estabelecimentos de ensino médio

Por *Redação* Brasília -

O Congresso Nacional aprovou, no primeiro semestre, duas leis que incluem novas disciplinas nos currículos da educação básica no Brasil: filosofia, sociologia e música. Especialistas em educação comemoraram a inclusão, que garante a crianças e adolescentes uma formação mais completa. Mas a novidade também coloca o dedo em um antiga ferida da educação brasileira: a falta de professores para disciplinas específicas. De acordo com um estudo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), órgão que agora responde pela formação de docentes para a educação básica, o Brasil tem, hoje, 31.118 profissionais atuando como professores de filosofia, sendo que, desse total, apenas 23% têm formação específica. Na sociologia, são 20.339 professores atuantes, sendo 2.499 licenciados (12%). Estimativa da Capes aponta que serão necessários 107.680 docentes, em cada uma das disciplinas, para atender aos 24.131 estabelecimentos de ensino médio. A oferta será obrigatória nos três anos desse nível de ensino. Segundo o diretor de educação básica da Capes, professor Dilvo Ristoff, para atender à nova demanda seria necessário aumentar em 20 vezes o número de professores formados por ano, que hoje é de 2.884 em filosofia e 3.018 em sociologia. A demanda foi calculada considerando uma carga horária de 20 horas semanais para cada professor, em turmas de 30 alunos. ?Se a gente levar em conta que 50% dos que se formam tendem a exercer outras profissões, a gente chega ao dramático número de 40 vezes mais graduados por ano?, estimou. Ainda não há um estudo específico sobre o impacto da obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. Os dados existentes são sobre os professores de educação artística, área em que há profissionais formados em número suficiente para atender a demanda. Ainda assim, a maioria não atua no magistério. Na sua opinião, o primeiro estímulo para atrair os professores para a sala de aula foi dado este mês, com a aprovação do piso nacional do magistério. O Congresso aprovou o projeto no último dia 2. Inicialmente, Ristoff prevê que será necessário colocar em sala de aula docentes formados em áreas correlatas à filosofia e à sociologia para cobrir o déficit. A prática já acontece nas disciplinas de química e física, em que o estoque de professores formados é insuficiente para atender a demanda. Para atrair ao magistério os profissionais licenciados em filosofia e sociologia que estão afastados das salas de aula, a Capes estuda a possibilidade de conceder bolsas. Segundo Ristoff, a Capes deve pedir ao Conselho Nacional de Educação (CNE) que elabore uma regra de transição para atender à nova lei, com uma possível redução da carga horária nos primeiros anos. De acordo com o educador, é essencial uma revisão também do currículo do ensino médio que ele classifica como ?inchado?. ?Normalmente são 12 disciplinas no ensino médio, o que dá, em média, uma carga horária semanal de 48 horas?, calculou. O ideal, segundo ele, seria a adoção do período integral nas escolas. /
Com informações da Agência Brasil/

URL :: http://www.nominuto.com/brasil/numero_de_professores_especializados_precisa_ser_20_vezes_maior_para_cumprir_lei_/24207/

Alguns Links interessantes:

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http://worldtv.com/filosofia_antiga/


quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Paradigma da Evolução



Paradigma é o nome dado a uma idéia abrangente que se tem sobre o mundo, o universo. É uma cosmovisão. No decorrer da história, foram muitos os paradigmas que dominaram o pensamento da elite intelectual de cada época e, até mesmo, do povo. Alguns prevaleceram, por se mostrarem corretos. Outros, no entanto, foram completamente rejeitados, mas só depois de haverem prevalecido durante muitos séculos, influenciando negativamente o pensamento das pessoas – tanto do povo comum quanto dos estudiosos –, e contribuindo para que fossem formados conceitos errôneos sobre determinados campos de estudo da ciência. A alquimia, por exemplo, prevaleceu por quase dois mil anos, ensinando que através de processos químicos convencionais seria possível transformar metais comuns em ouro e que, com a combinação certa de elementos, se conseguiria a fórmula para o “elixir da vida”, o qual, dizia-se, prolongaria eternamente a vida de quem o usasse. Outro exemplo que poderia ser citado é o da abiogênese, teoria que dizia ser possível a vida se originar de não-vida, ou seja, através de elementos químicos inorgânicos. Poderia citar, ainda, diversos outros exemplos de paradigmas que dominaram o pensamento de boa parte da comunidade científica durante muito tempo e, ainda assim, se mostraram incorretos. Merecem menção, também, os paradigmas que foram, em um determinado período da história, aceitos quase que universalmente pelos cientistas, depois rejeitados e, novamente, voltaram a ser considerados como verdadeiros, como aconteceu com o modelo da deriva continental.
Em meados do século XIX, foi proposta uma teoria que veio a ser, talvez, a mais debatida da história da ciência: a Teoria Geral da Evolução. Formulada pelo médico inglês Charles Darwin, sendo supostamente baseada nas observações que fez em sua conhecida viagem a bordo do navio Beagle II , propunha que todas espécies de seres vivos que já existiram tiveram um ancestral único, unicelular, que, a medida em que se diferenciava, no decorrer de milhões e milhões de anos, dava origem a outros organismos. Com o acréscimo de pesquisas, passou-se a sugerir que os principais fatores responsáveis por essa diferenciação seriam as mutações, as quais, segundo se supunha, propiciariam, de tempos em tempos, o aparecimento de características favoráveis à sobrevivência da espécie. A seleção natural seria a “seleção” que a natureza se encarregaria de fazer. É a lei da sobrevivência dos mais aptos, ou seja, os mais favorecidos pelas mutações. Estes iriam sobreviver, por estarem mais bem adaptados ao ambiente em que viviam, enquanto os outros seriam naturalmente extintos, ou teriam sua população bastante reduzida. A teoria sofreu algumas modificações ao longo do tempo, mas permanece inalterada em seus aspectos principais. É uma teoria que veio ganhando cada vez mais adeptos, por ser compatível com a ciência naturalista – que, em si mesma, exclui da busca pela verdade a atuação de fenômenos sobrenaturais, a atuação do Criador – o positivismo (que tinha como característica a exaltação suprema do conhecimento científico como se fosse ele o único meio para se chegar ao conhecimento da verdade), e outras tantas correntes filosóficas que exerceram, e ainda exercem, significativa influência entre boa parte da comunidade científica. Quando a Teoria passou a ganhar um crescente prestígio começou, também, a ser abordada nas instituições de ensino mundo afora e, hoje, é praticamente universal o seu ensino em todos os continentes.
No entanto, existem sérios problemas com essa “doutrina”, os quais, muitas vezes, são passados por alto pelos intelectuais responsáveis pelo ensino e pesquisa acerca dessa teoria – que, frequentemente, é mostrada como sendo um incontestável fato da ciência. Porém, sabe-se que a evolução não pode ser provada, devido ao fato de a questão da origem da vida ser um fato singular que ocorreu num passado distante, e para o qual só existem evidências – as quais, por sua vez, podem ser interpretadas tanto a favor da evolução quanto da criação.
Mas, apesar das fragilidades que a teoria apresenta, e da crescente adesão por parte de pesquisadores e estudiosos do ramo a pontos de vista contrários à Teoria, ela continua sendo imposta pelos meios de comunicação em geral, e por boa parte da comunidade científica, como se fosse um fato inquestionável, teoria irrefutável – o que traz à tona a necessidade de se democratizar o debate sobre o assunto, e discutir sobre a possibilidade de trazer para a escola (nível fundamental e médio) os resultados dessas discussões, para que nossos filhos cresçam tendo a oportunidade de compreender que existem outras alternativas à Teoria da Evolução.

Retirado do Blog Escolhi Acreditar

terça-feira, 24 de junho de 2008

domingo, 22 de junho de 2008

Para Descontrair - Porquê o frango cruzou a rua segundo filósofos e cientistas


Platão:
porque buscava alcançar o bem.

Aristóteles: é da natureza dos frangos cruzar a estrada.

Freud: a preocupação com o fato de o frango ter cruzado a estrada é um sintoma de insegurança sexual.

Maquiavel: a quem importa o porquê? Estabelecido o fim de cruzar a estrada, é irrelevante discutir os meios que utilizou para isso.

Marx: o atual estágio das forças produtivas exigia uma nova classe social de frangos, capazes de cruzar a estrada.

Einstein: se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango, depende do ponto de vista. Tudo é relativo.

Sócrates: tudo que sei é que não sei.

Parmênides: o frango não atravessou a estrada porque não podia mover-se. O movimento não existe.

Darwin: ao longo de grandes períodos de tempo, os frangos têm sido selecionados naturalmente, de modo que, agora, têm uma predisposição genética a cruzar estradas.

Blaise Pascal: quem sabe? O coração do frango tem razões que a própria razão desconhece.

Sartre: trata-se de mera fatalidade. A existência do frango está em sua liberdade de cruzar a estrada.

Nietzsche: ele deseja superar a sua condição de frango, para tornar-se um superfrango.

Richard Dawkins: na verdade são os genes para atravessar a rua que estão de fato atravessando a rua. O frango é apenas uma forma que os genes encontraram para realizar essa tarefa.

Pavlov: porque antes eu tocava uma sineta e oferecia alimento ao frango do outro lado da rua. Agora, após vários experimentos iguais, basta tocar a sineta sem lhe dar alimento que ele a atravessará.

Clarice Lispector: a essência do frango está nas suas patas. As patas têm o frango. Quem vê as patas, vê o frango. A essência das patas é o correr, o correr abstrato. A estrada é a essência do correr. Quem vê o correr, vê a estrada.

Hipócrates: devido a um excesso de humores em seu pâncreas.

Kant: o frango seguiu apenas o imperativo categórico próprio dos frangos. É uma questão de razão prática.

Estóicos: o frango atravessou a estrada porque esse é um acontecimento necessário. É o destino. Já estava previsto pela ordem universal do cosmos.

Epicuristas: é prazeroso ao frango atravessar estradas. O que você acha, amigo?

Filósofos da escola de Frankfurt: é uma questão medíocre imposta pelos mentores de uma arte de massas que transformou a imagem de um frango em mais um produto da indústria cultural.

Filósofos medievais: para responder a tal questão, devemos primeiro deliberar se a expressão “frango” é puro termo esvaziado de sentido ou se a palavra que expressa a idéia genérica e universal de frango, ou ainda se se trata de um frango concreto em particular.

Martin Luther King: Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos serão livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.

Schopenhauer: no ato de atravessar, está fugindo de si mesmo numa tentativa de aliviar o tédio e sofrimento que é estar vivo neste mundo sem sentido.

Newton: 1) Frangos em repouso tendem a ficar em repouso; frangos em movimento tendem a cruzar a estrada. 2) por causa da atração gravitacional exercida pelos outros frangos que já estavam do outro lado da estrada.

Link Original: http://queremosportugues.multiply.com/journal/item/303